segunda-feira, 4 de junho de 2012

Tempo de Invernar



Foi só o vento frio de inverno começar a soprar  e
num piscar de olhos
sem sair da confortável poltrona em que me encontro
meus pensamentos voam ao vale encantado de Bento Gonçalves.
Fileiras meticulosas de videiras sabem que a chuva fina e gelada se aproxima.
A névoa que toma conta do vale só é dissipada pelos raios de sol quando a manhã se aproxima da tarde
A caneca com café fumegante que aquece minhas mãos 
lembra as chaminés que partem dos telhados em direção ao céu
Chegou o momento dos campos entrarem em hibernação.
Penso nos imigrantes que se instalaram nestes vales gelados
Com seus baús cheios de trapos, focolaros improvisados e mascarolos.
Quantas dificuldades não encontraram para aquí se estabelecer
Que gente corajosa, minha gente, meu sangue.
Meu avô querido
obrigado por insistir em me contar a história de nossa gente,
dos nossos antepassados que para cá vieram em busca de uma vida nova
quando eu ainda pequena nem estava muito interessada em ouvir.

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